O ”vinho da corda” era uma das formas que antigamente se preparavam os “licorosos” antes da chegada da aguardentação nos meados do séc XVII. As vinhas, antes plantadas mais junto ao mar conseguiam atingir outros graus de maturação, permitindo um mosto naturalmente concentrado.
A técnica consistia em primeiro separar o vinho flor, mais claro e fresco, e depois, a partir da última prensagem, retirar o “vinho da corda” com uma aparência mais dourada e carregada, tão na moda à época.
Castas
Listrão (aka Listan Blanco, Palomino Fino) e Caracol.
Viticultura
Vinhas de 40 a 80 anos, de condução rasteira tradicional, junto ao chão protegidas dos ventos forte por caniçais ou muros de crochet. Solos: Solos Calcários de textura franco-arenosa de pH>8.5.
Vinificação
As uvas foram vindimadas manualmente na ilha de Porto Santo. Seleção apertada na vinha, sendo algumas vinhas vindimadas mais que uma vez, apanhando primeiro as mais maduras e as restantes numa segunda colheita. Prensa direta de cacho inteiro para depósitos de decantação sendo separadas três frações, sem qualquer uso de SO2 até ao final da fermentação, de forma a permitir uma pré-oxidação do mosto e uma fermentação espontânea mais plena. A partir da última fração da prensa “o mosto da Corda” foi trasfegado para Pipo velho de vinho de Porto Santo. Estágio de 12 meses em Pipo velho.
Produção: 1 340 garrafas.