A região dos vinhos de Lisboa estende-se a norte e a oeste da cidade de Lisboa, numa linha fina e comprida ao longo da costa atlântica. A região de Lisboa, no extremo ocidental da Europa, está dividida em 9 sub-regiões:
O vento costeiro é inevitável nesta região, e não é de admirar a frescura dos vinhos e até alguma dificuldade de amadurecimento nas vinhas de maior influência atlântica. No interior da região, as vinhas beneficiam de proteção contra os ventos por parte de colinas e cadeias montanhosas.
O clima é temperado com amplitudes térmicas reduzidas e a pluviometria anual é de cerca de 600 - 700mm.
Dentro das sub-regiões destaca-se a importância e reconhecimento histórico de Carcavelos, Colares e Bucelas pelos seus vinhos. E da Lourinhã pela sua aguardente.
A região vinhos de Lisboa devido às suas condições edafoclimáticas tem ótima aptidão para a produção de vinhos brancos. Os vinhos brancos são geralmente secos, frescos, minerais de aromas delicados e algo crispy pela acidez. As castas mais comuns na região são Arinto, Fernão Pires, Malvasia e Vital.
Os vinhos tintos de Lisboa são frescos e elegantes de carácter frutado. Conhecidos noutros tempos como tintos da estremadura, são produzidos a partir de Alicante-Bouschet, Aragonez, Castelão, Touriga Nacional, Trincadeira, Tinta Miúda e outras castas internacionais.
A fama dos vinhos de Bucelas é bastante antiga. Produzidos maioritariamente pela casta Arinto, com pelo menos 75% e por outras castas como o Sercial e o Rabo-de-Ovelha que muitas vezes entram no lote. Num clima bastante frio de inverno e temperado no verão as uvas dão origem a um vinho de cor citrina, de aroma frutado e com muita acidez. São vinhos com um enorme potencial de guarda e quando envelhecidos apresentam uma tonalidade amarelo palha e aromas complexos de envelhecimento.
O tinto de Bucelas é produzido com a casta Ramisco, pelo menos 80% desta casta, em combinação com outras como João de Santarém ou Molar. Um tinto austero e adstringente quando jovem, que com o envelhecimento torna-se macio e com grande complexidade de aromas.
Os vinhos de Colares têm um grande impacto do solo, castas e clima. A vinha é cultivada em chão de areia ou em pé franco, sem porta enxerto porque em terrenos de areia a phylloxera não está presente.
A região da Lourinhã foi demarcada somente para a produção de aguardente DOC Lourinhã é a única região do país demarcada para produção de aguardentes. Muitos portugueses desconhecem mas no mundo só há mais duas regiões assim, as conhecidas Cognac e Armagnac.
Os vinhos não eram interessantes para produzir vinho porque tinham pouco álcool e muita acidez, mas as características ideais para a aguardente. Durante muitos anos os vinhos do porto foram aguardamentados com aguardente da Lourinhã.
Os vinhos de Lisboa podem ser facilmente encontrados em garrafeiras e restaurantes. Mas produções mais exclusivas devido ao limitado número de garrafas encontram-se apenas em lojas muito especializadas ou em loja online. Acede a nossa loja online e experimente os vinhos da Quinta de Sant’ana.