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A Ilha do Pico é a mais nova das nove ilhas do Arquipélago dos Açores é também onde se encontra o ponto mais alto de Portugal a montanha do Pico, um vulcão com 2351m que é o quarto maior vulcão no Atlântico Norte.

A ilha do Pico pertence ao grupo central do arquipélago dos Açores e é a segunda maior ilha dos Açores

A paisagem Cultural da vinha do Pico foi classificada em 2004 como Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO, reflexo da impressionante intervenção humana, em milhares de quilómetros de muros dos currais de vinha que revestem a costa de vinhedos. Um estudo estima que ao colocar todos os muros em linha, o seu comprimento corresponde a duas voltas à linha do equador.

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História da Ilha do Pico 

A descoberta da ilha do Pico por navegadores portugueses terá ocorrido a par de outras ilhas do grupo central do Arquipélago dos Açores. Três datas importantes de registo, a primeira o ano de 1432 como a data de referência para o descobrimento dos Açores por Gonçalo o Velho Cabral, um escudeiro de Infante Henrique, que marca a presença portuguesa no território e a segunda a atribuição em 1468 da Capitania da ilha do Faial a um nobre flamengo Joss Van Hurtere, e por último, a data de 1482 a data em que a ilha do Pico passa a pertencer à Capitania da Horta. 

Os colonos são parte, portanto provenientes tanto de Portugal Continental, como da Flandres, como de França resultado de um acordo dom Isabela de Portugal, Duquesa da Borgonha, num esforço para ir povoando estas ilhas, criando um salvo conduto para nobres da Flandres, numa altura em que o Duque de Borgonha invadia este território.

A primeira vaga de colonos é de 1465 que vai para o Fayal com Joss Van Hurtere, que dão origem à família De Utra e Dutra e uma segunda vaga com Willem Van Der Haegan (nome aportuguesado Guilherme da Silveira) que passa pelo Fayal e acaba por ficar em São Jorge. Sendo tudo ilhas muito próximas, São Jorge, Pico e Fayal a sua história de povoamento mistura-se. Os povoamentos do arquipélago central compõem-se inicialmente por portugueses, flamengos e franceses.

Geologia da Ilha do Pico

O Vulcão do Pico, ou montanha do Pico é um estratovulcão de tipologia semelhante a outros conhecidos como o Monte Etna, ou Pico Teide. Tem 2351 m de altura acima no nível do mar e é o ponto mais alto de Portugal, marcando a paisagem da ilha e de todo o arquipélago central.

A ilha do Pico é também, geologicamente, a ilha mais nova do arquipélago dos Açores, sendo a sua formação há cerca 270.000 anos, uma jovem, quando comparada com a ilha de São Miguel que tem mais de 5 milhões de anos, ou com Madeira e Tenerife que têm mais de 7 milhões de anos.  Esta jovem idade geológica conjugada com erupções e escoadas lávicas recentes, sendo a última erupção em 1718, faz com que seja uma ilha marcada pela presença da pedra.

A rocha mãe basáltica não teve o tempo de se degradar e criar solo.  

Estas características contrariam o traço agrícola existente nas restantes ilhas, e fazem com que tenha sido a última ilha do grupo central a ser povoada, sendo povoada só a partir da década de 1480. São também estas características estremas, de quase não solo que permitem, a instalação da cultura da vinha e a produção de uvas de grande qualidade para a produção de vinhos que fará a fama e economia da ilha.

O sucesso faz sobretudo para as Américas, sendo um dos vinhos mais consumidos na “Nova Inglaterra” e presença obrigatória em qualquer das caves dos “Pais Fundadores” do que veria a ser o EUA. Diz Boyle que era o vinho mais consumido na nova Inglaterra, só às vezes ultrapassado pelos vinhos de Tenerife. Os vinhos eram antes conhecidos pelo local do porto de embarque Fayal nome da ilha em frente onde havia um bom porto de embarque.

Apesar da revolução americana, que reforça as relações com frança, no final do sec. XVIII que os Czares da Rússia também lhe ganham o gosto e passam a importar uma parte significativa dos vinhos passado, uma versão mais concentrada e licorosa dos vinhos do Pico mantendo-se a indústria em todo o seu esplendor. 

Em 1852-1854 a praga do míldio e em 1872-74 a da filoxera destroem por completo as vinhas dos Açores tendo emigrado metade da população do Pico e do Faial sobretudo para as Américas.

Geografia da Ilha do Pico

O Pico é a segunda maior ilha dos Açores, com 444,9 km2 de área e forma alongada, graças aos seus 46,2 quilómetros de comprimento e 15,8 de largura máxima, 13 645 habitantes, que representa menos 6% da população dos Açores. Está situada no paralelo 38,40 a 1700 km da costa portuguesa, a um terço do percurso no eixo Lisboa – Washington. A ilha está afastada 6 km da vizinha ilha do Faial e em conjunto com São Jorge compõem o que se chamam as “ilhas do triângulo”.

Clima da Ilha do Pico

O clima do Arquipélago dos Açores é essencialmente ditado pela localização geográfica das ilhas no contexto da circulação global atmosférica e oceânica e pela influência da massa aquática da qual emergem.

De uma forma muito geral o seu clima pode ser caracterizado pela sua amenidade térmica, pelos elevados índices de humidade do ar, por taxas de insolação pouco elevadas, por chuvas regulares e abundantes e por um regime de ventos vigorosos que rondam o arquipélago acompanhando o evoluir dos padrões de circulação atmosférica à escala da bacia do Atlântico Norte.

O clima pode ser classificado de mesotérmico húmido com características oceânicas.
(in Brito de Azevedo o Clima dos Açores). 

A montanha do Pico vai impactar no entanto de forma significativa e particular o clima da ilha, pois os seus 2351 metros de altitude,  agarram as chuvas à volta da montanha permitindo reduzir as chuvas nas altitudes mais baixas, que é conhecido como o efeito de Fohen, em que os ventos húmidos do Oceano Atlântico quando esbarram com a montanha e são forçados a subir, vão encontrando temperaturas mais baixas até chegarem ao seu ponto de orvalho e as nuvens se formarem.

Formando o característico anel ou chapéu à volta do cone da montanha do Pico chovendo assim mais de 5.000 mm por ano no topo da montanha, mas menos de 1000 mm bem junto ao mar. É por isso que os antigos dizem que as melhores vinhas são onde se ouve o “cantar do caranguejo” isto é bem junto ao mar o mais longe da influência da montanha. E o que faz único o terroir do Pico.

Paisagem de vinhas da Ilha do Pico

Património Mundial da UNESCO | Vinhos Vulcânico e Marítimos

A conjugação de um clima fresco, devido à latitude e influência atlântica, com o efeito da montanha obrigou o Picaroto a colocar as suas vinhas bem junto ao mar “onde se ouve o cantar do caranguejo” para garantir um maior número de horas sol e uma maturação.

Junto ao mar existiam os lajidos e os biscoitos, ambos resultantes de escoadas lávicas e pura rocha mãe.

Foi necessário, portanto arrumar a pedra e utilizá-la para proteção da maresia e do vento e para retirar o melhor partido das condições climatéricas e geológicas dos terrenos pedregosos e das zonas de lajido, o Homem picaroto organizou o terreno num impressionante mosaico de pedra negra: os “currais”.

Este reticulado de quadrículas delimitadas por muros de basalto onde se plantam as videiras estende-se pelo horizonte. Criação Velha e Santa Luzia são exemplos maiores desta arte de parcelar a terra, a que correspondem centenas de quilómetros de muros de pedra arduamente erguidos. Estes terrenos, misto de natureza lávica e práticas culturais ancestrais, englobam a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, Património da Humanidade da UNESCO desde 2004.

Enquanto que no chão de lava negra se destacam as “rilheiras”, sulcos deixados pelas rodas dos carros de bois que transportavam uvas e barris, nos portos e portinhos junto à beira-mar são os “rola-pipas”, encostas talhadas para facilitar o deslize das pipas até aos barcos, que ainda hoje personificam esta atividade.

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