A expressão "sentido de origem" é a busca do Fitapreta Branco. As uvas, todas vindimadas à mão, tentam recuperar a fórmula com castas autóctones conhecidas como Roupeiro, Antão Vaz, Rabo de Ovelha, Arinto, e outras quase extintas como Tamarez e Alicante Branco. É a nossa tentativa do puro branco alentejano.
Fitapreta Branco é um vinho de origem, um esforço para ressuscitar a velha fórmula dos brancos do Alentejo, utilizando castas típicas da região, de vinhas velhas com idade média superior a 50 anos, em field blend. Algumas castas como Tamarez (sin. Trincadeira das Pratas) e Alicante Branco (sin. Boal de Alicante) estão reduzidas a poucos hectares. Produzido com intervenção mínima, expressa os aromas e sabores puros do Alentejo.
Vinificação
As uvas são apanhadas a partir das 23 horas para chegarem frescas à adega pelas 7h da manhã. Prensagem do cacho inteiro. Sólidos suspensos assentaram naturalmente (6-12h). Fermentação 85% em cubas verticais, 5% em pequenas cubas horizontais e 10% em barricas neutras. Fermentação espontânea. Após fermentação, ficou em borras até final de Fevereiro, quando foi engarrafado.
Notas de prova
Cor amarelo citrino, com aroma intenso a citrinos com notas minerais a refrescarem o conjunto. Ataca com bom volume e é rico na retro. Termina com uma frescura impressionante em harmonia com boa fruta. O final é bastante persistente.
Também Tamarez, tem agora o nome oficial de Trincadeira-das-Pratas. O Tamarez foi uma das castas brancas mais importantes do antigo encepamento Alentejano.
Filha do cruzamento das castas Mourisco branco (Heben) com o Alfrocheiro Preto.
O Alicante Branco, foi e é também conhecido como o Boal de Alicante ou o Boal Cachudo e terá sido durante muitos anos uma casta importante no Alentejo.
Gyrão, 1822, 50 anos antes da filoxera, cita vários “Boiais” mas dando especial destaque ao Boal Cachudo (sinónimo desta casta).