A fórmula para a nova colheita de um dos nossos clássicos, o Maçanita Tinto, no essencial, está resumida nesta imagem. Um caminho que começa no Douro, nas suas sub-regiões, na escolha e recuperação das vinhas em altitude, na vindima manual e em todo o processo de vinificação.
Entre as acentuadas encostas do rio Douro e dos seus afluentes nascem os vinhos do Douro. A região demarcada do Douro é a mais antiga região de Portugal e do mundo a ser regulamentada e delimitada geograficamente.
Em 1756 a demarcação serviu para regulamentar a produção de vinho fortificado - vinho do Porto. Nos dias de hoje abrange não só a produção de Vinho do Porto como a produção de vinho DOC - Denominação de Origem Controlada, dos vinhos do Porto e Douro. O Douro bem como os vinhos do Douro espelham a coragem e determinação do homem. Onde, perante recursos limitados e condições desfavoráveis, a persistência prevalece.
Divide-se em 3 sub-regiões: Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior, num total de 250 mil hectares.
As altitudes das sub-regiões do Douro desempenham um papel crucial nas características dos vinhos. Cada uma delas, agrega condições únicas de altitude, solo e clima, contribuindo para a diversidade e complexidade dos vinhos do Douro.
As uvas do Maçanita Tinto são das nossas vinhas do Baixo Corgo e Cima Corgo, onde a altitude varia entre os 100 e 400m.
As vinhas do Baixo Corgo, são geralmente mais frescas, pois esta sub-região encontra-se mais perto da costa e com maior influência Atlântica. Enquanto que, As vinhas do Cima Corgo, são mais temperadas e estão situadas no coração do Douro, onde a influência Atlântica é equilibrada com a influência Continental, com solos xistosos e afloramentos graníticos.
O Maçanita Tinto representa, para nós, a imagem do Douro nas suas vertentes totais, assim sendo as vinhas que selecionámos representam uma viagem a um Douro antigo e em recuperação, as vinhas velhas, e um Douro mais reconhecido, de vinhas mais novas e junto ao rio.
Destas vinhas, junto ao rio, a Touriga Nacional (55%) ganhou fama por ser uma casta de eleição para os blends do vinho do Porto, nela procuravam o seu perfil floral, cor intensa azulada e muito rica em taninos que confere ao vinho do Porto textura, volume e densidade.
Das vinhas velhas, estão representados 25% neste clássico, num blend de castas do Douro perdido, num blend de mais 20 castas. A casta Sousão, uma casta tintureira, também designada na região dos Vinhos Verdes como Vinhão, produz vinhos mais carregados de cor intensa, possuindo a capacidade de soltar cor da película para o mosto onde macera.
Na vinha, as uvas são escolhidas colhidas à mão e transportadas em caixas de 18kgs.
Chegadas à adega, desengace sem esmagamento, ou seja, apenas estalar o bago e enchimento por gravidade. Pré-maceração a frio, entre os 10 e 14ºC, fermentação espontânea.
Estágio 100% cuba de inox durante 12 meses.
Lançamento: 35 000 garrafas em janeiro 2024.