Casta predileta na produção de vinhos, a sua origem está em volta de uma disputa nas regiões do Dão e Douro. Por um lado, Touriga Nacional é plantada de forma mais intensa na região Duriense, por outro, segundo o Professor Antero Martins (ISA), existe uma maior variação genética na região do Dão, pelo que pode ser autóctone no Dão.
Disputa à parte, a Rainha de Portugal está por todo o continente e ilhas, sendo reconhecida uma série de virtudes únicas.
Nenhuma outra casta não tintureira portuguesa atinge níveis de cor e de índice de policenois totais (IPT'is) como a Touriga Nacional, sendo o seu bago de película grossa e cor azulada.
A casta rainha ganhou fama por ser muito utilizada nos blends do vinho do Porto, na qual procuravam a sua componente floral, cor intensa e riqueza em taninos, que contribuam para a textura, volume e densidade do vinho.
A sua componente floral e de fruta vermelha também contribuiu para que seja amplamente utilizada na produção de Rosés e Tintos aromáticos.
Um facto interessante e peculiar é a mudança de aromas que poderá ocorrer na Touriga Nacional dependendo do clima que esteja a ser criada. Em climas quentes, aromas a violetas e casca de laranja são intensificados, já esta casta em climas mais frios pode mostrar o seu lado balsâmico.
A Touriga Nacional apresenta um perfil tão diversificado e é de facto uma casta tinta com um grande potencial enológico, que permite fazer Rosés florais, Tintos corporados e Portos de alta qualidade.