Este lugar é especial, sente-se! No sopé sul da Serra d' Ossa, dois riachos trazem as águas das chuvas da Serra, nunca baixando o nível freático da água abaixo dos 5 metros, mantendo os solo frescos, não havendo necessidade rega para o bom desenvolvimento das uvas.
Era aqui que antigamente se plantava a vinha, o local era conhecido como o Chão dos Eremitas, “Chão“ termo antigo para zona plana, e dos “Eremitas” referente aos monges Eremitas da ordem de São Paulo. Aqui existem provas da produção ininterrupta de vinho desde o séc. XIV, a vinha teve tal importância que, uma Bula Papal, em 1397, isenta os “Pauperes Eremitas” de pagar tributos nas suas vinhas. Mas a arqueologia vai mais longe, pois a descoberta da única ânfora de vinho fenícia do interior do País, que data do séc. VIII a.C, liga este local ao vinho cerca de 900 anos antes da chegada dos Romanos, no que são 3 000 anos de história ligados ao vinho.
As uvas, também são de outro tempo, plantadas entre 1969 e 1970, a Tinta Carvalha, o Moreto, o Castelão, o Alfrocheiro e a Trincadeira, demonstram que existiu um outro Alentejo, sem rega e sem castas melhoradoras.