2019
Arinto dos Açores (>95%), field blend.
Nesta Ilha, há mais de 500 anos que se plantam vinhas nas fendas da rocha vulcânica, a escassos metros do mar. Mas é ainda anterior, em 1465, a chegada dos Utras, deturpação do nome de Joss Hurtere, um flamengo que foi Capitão Donatário do Pico e do Fayal, determinante para o desenvolvimento do vinho e da vinha destas ilhas. A nós foi-nos passado o testemunho de uma dessas vinhas ainda na descendência dos Utras, uma pequena parcela na Criação Velha que encosta ao mar, nos “1os Jeirões”, num local onde se consegue a maior exposição solar e concentração.
Cor amarelo citrino-palha, aroma iodo, sal, tília. Na boca ataque denso concentrado, acidez corta no meio e mantém-se até ao final de prova, sal, sal, sal e iodo, é uma “bofetada” de mar.
1166 garrafas de 0,75L.
Produzida a partir de uma vinha com 60 a 80 anos a 80m do mar, onde domina o Arinto dos Açores, mas existem também Verdelho, Boal (Malvasia Fina) e Alicante branco (Boal de Alicante). Solos de lagido vulcânico formado há 1500-2000 anos. Vindimado à mão, seleção em mesa de escolha, prensa direta, decantado 12h a frio, primeiras prensas vinificadas em inox em cuba na horizontal (70%), 2º prensas fermentadas em barricas de carvalho francês de 3 anos de uso (30%), sem batônnage durante 12 meses.
12,0% Vol.
Um vinho nascido no mar, pronto para harmonizar com mariscos, peixes amariscados (salmonete, ovas do mar, ouriços de mar) mas com uma densidade e concentração para trabalhar com carnes brancas de gordura queimada, como um bom leitão ou mesmo uma barriga de porco.
Conservar a 6-8ºC, para ser servido a 10ºC, e bebido a 12ºC.