António Maçanita teve o primeiro contacto com vinhos do Douro em 2006, altura em que, através da sua empresa de consultoria WINE ID, trabalhou com um produtor na zona de Armamar, na sub-região do Cima Corgo. Durante dois anos, António Maçanita acompanhou os vinhos do Douro, mapeando as vinhas da Quinta e criando vinhos de qualidade.
Surgiram outros projetos de consultoria em várias regiões do país e, em 2010, António Maçanita volta a ter um projeto de consultoria no Douro, ficando a sua irmã sócia e irmã Joana Maçanita, responsável pelo mesmo.
Após seis meses de trabalho com os vinhos do Douro, Joana apaixona-se pela região e pelo seu potencial e desafia António para um projeto de irmãos, criando a Maçanita Vinhos em 2011. Os irmãos começam a fazer vinhos no Douro a quatro mãos em que expressam as diferentes vertentes do Douro, trabalhando em conjunto e também transmitindo as preferências e características pessoais de cada um, como é o caso do Gouveio by Joaninha e Malvasia Fina by António.
António Maçanita alarga assim o seu portefólio com a produção de vinhos do Douro com vinhas das três sub-regiões: Douro Superior, Cima Corgo e Baixo Corgo. De convicções fortes, os irmãos querem dar a conhecer, através dos seus vinhos, a diversidade do terroir da região na sua forma mais pura e fiel à origem. Mesmo que leve mais tempo e que seja por caminhos mais trabalhosos, pretendem fazer vinhos no Douro diferentes do habitual, resultado de pesquisas, experiências e conhecimento com um toque de irreverência e provocação que já era conhecido de outros vinhos de António Maçanita.
Os irmãos Maçanita chegaram ao Douro com o intuito de trazer ao mundo aquilo que foram descobrindo na região, diferentes vinhos, diferentes abordagens e a descoberta de si próprios como produtores no Douro.
Um Douro à Maçanita requer um equilíbrio entre castas, solos, altitudes, exposição solar que produz diversos vinhos, cada um com o seu propósito provocando curiosidade e vontade de saber mais e porquê.
Ao longo da viagem pelo Douro, Joana e António Maçanita tiveram a sorte de encontrar uma vinha com mais de 100 anos, mais de 17 castas diferentes e com solos que transitam de xisto para granito. Esta vinha pertence à classe Letra F, a menos apreciada na região, mas na qual os irmãos viram potencial. A primeira parcela de vinha que adquiriram nesta zona tem cerca de 150 anos, nos primórdios do período pós-filoxera. A partir desta vinha produzem-se os vinhos As Olgas tinto e branco, dois dos vinhos de eleição de Joana e António.
Assente nesta ideologia de mostrar as diferentes faces do Douro, os irmãos Maçanita convidam a provar diferentes interpretações da casta Touriga Nacional, que apelidaram de casta rainha. O Touriga Nacional em Rosé mostra a casta na sua versão mais pura, o Touriga Nacional Cima Corgo provém de vinhas a 550m de altitude conferindo-lhe frescura, pureza e perfume que contrasta com o quente, guloso e concentrado Touriga Nacional Letra A.